sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Coletivas...

Hoje, como em todas as 6ª feiras, rola a Coletiva em processo Piolho Nababo, lá no Ystilingue, espaço situado no 2º andar do Ed. Maletta, centro de BH.
Além da exposição de trabalhos de vários artistas, as paredes do espaço acabaram de ser pintadas e precisam ser repovoadas! Isso acontecerá coletivamente, e eu ajudarei com os lambes do projeto Inter(vindo). Se estiver por BH, cola lá! ;)


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Registros animados...

Finalmente tomei vergonha na cara e upei o vídeo que foi exibido na exposição. Apesar de achar que ele ainda precisa de um sonzinho (em breve, em breve), ele cumpre muito bem seu papel quando se trata de uma exposição. Não enche o saco de ninguém, não interfere em outras sonoridades do local, e desperta o interesse de quem bate os olhos.

Esse vídeo foi feito em stop motion, através de fotografias (por volta de umas 3000 e tantas Oo'), que foram batidas por amigos e enquanto eu colava os lambes pela cidade - o que dificultou muito a colagem, pois eu sempre tinha que depender de alguém para ir comigo afim de registrar as imagens. Maaaas, no final deu tudo certo, e o resultado, a meu ver, ficou mais do que satisfatório.

Assistam e acompanhem o processo, as dificuldades, as tentativas fail e os resultados finais. ;)

Inter(vindo) from Thamiris Machado on Vimeo.

Agradecimentos: 
Rosane Pacheco, Carlos França e Fred Viggiano (pelas fotos)
Leonardo Oliveira (pela câmera)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Colados!

Primeiros stickers por BH... (clica na foto pra aumentar! ;)

Esse foi teste no armário da estamparia...









sábado, 18 de junho de 2011

Quando eram apenas tapumes...






Depois viraram as paredes da exposição. Pra pintá-los e dar as texturas, três dias de trabalho que valeram totalmente a pena.

Depois da tempestade...

Finalmente a exposição passou, e todo o trabalho, stress e chateações valeram a pena. Ficou lindo de morrer! Muito obrigada a todos que prestigiaram o projeto na 5ª feira e a todos que foram imprescindíveis para que a Inter(vindo) virasse realidade. Meus agradecimentos especiais pro Fred Viggiano (que ajudou desde o processo de pintar os tapumes até colar stickers e montar a exposição) e para o Leonardo Oliveira (que tornou o trabalho tecnicamente possível, me emprestando a câmera utilizada pro vídeo e o monitor em que o mesmo ficou passando).





Agora que a tempestade passou, vou postar o que ficou de fora por falta de tempo!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Antes de virar lambe...

Fotos do editorial INTER(VINDO). Aqui foram representadas as 3 peças de roupa desenvolvidas para a coleção, com suas respectivas lavagens, estampas e individualidades. A peça, que pode ser vestida de várias formas, acaba fazendo alusão aos parangolés de Oiticica, por sua forma redonda e maleável.

Em breve em um muro perto de você! hahaha ;)

Ps: aqui as fotos estão bem cruas, sem nenhum tratamento. Como foram transformadas em sticker na sequência, um tratamento mais a fundo tornou-se desnecessário.










quarta-feira, 1 de junho de 2011

Way to go!

Peças de roupa: check! Fotos: check! Stickers: check! Banca final: check! Aprovação: check!
Quase lá! Quaaaaase lá! =)

Lavagens finais das peças! (Depois de muito perrengue e surpresas ruins! haha)


domingo, 15 de maio de 2011

Rabiscos...


Finalmente (depois de hoooooras na estamparia trabalhando sozinha em cima deles) os tecidos encontram-se devidamente estampados, e as peças costuradas. Prontas pra irem para a lavanderia ganhar as lavagens que representarão as texturas urbanas. Estonados, lixados, sujos, puídos... Ansiosa pra ver o resultado final!!!

Abaixo, as fotos dos três tecidos estampados. Dois jeans foram estampados do avesso, e o outro será duplo, com o forro de tricoline branco estampado.




domingo, 8 de maio de 2011

Hora das lavagens...

Finalmente as etapas do projeto começaram a acontecer, materialmente falando! Pelo cronograma, nessa semana levarei as peças para a lavanderia, pra fazer a lavagem dos jeans. O objetivo é, através dessas lavagens, conseguir texturas urbanas, como o rasurado, o desbotado e os machados.

Como muitas pessoas me questionaram sobre o aspecto (in)sustentável dessa parte de lavanderia do meu trabalho, lembrei de um post que fiz ha algum tempinho, no blog da Latifundio, empresa onde trabalho, falando da linha de jeans consciente que a Levi's lançou recentemente. Segue o texto abaixo!

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SEXTA-FEIRA, 25 DE FEVEREIRO DE 2011


Há algumas semanas me deparei com a notícia de que a Levi's teria lançado um jeans"waterless", ou seja, que não utiliza água na lavagem. Apesar de não ser exatamente isso o que acontece, é quase tão bom quanto.

A Levi's realmente lançou a linha "Waterless", onde consegue reduzir em até 96% o consumo de água da lavagem das peças. A linha é composta de 12 modelos reeditados da marca (entre eles calças e jaquetas), cujo gasto de água no processo antigo de lavagem chegava a ser de até 42 litros.

"Com o nosso programa 'waterless' nós economizamos cerca de 40,6 litros de água por jeans.
Essa quantidade de jeans economizou 1420 litros de água. Olhe acima."

O interessante é que, para reduzir o consumo de água na fabricação das peças, continuaram sendo usados os mesmos materiais e técnicas, só acrescentando mudanças como diminuição de ciclos da máquina de lavar, incorporação do ozônio e remoção da água da estonagem.

Toda essa proposta vem embutida à uma campanha, a "Care the planet" que visa reduzir o impacto ambiental, colocando informações sobre o assunto em etiquetas de cuidado e manuseio das peças. Dentre as informações estão algumas como: lavar menos seus jeans, secá-los no varal ao invés de em secadoras elétricas e até mesmo doar as peças ao invés de simplesmente jogar fora.



Etiqueta de orientação e vitrine de loja com instruções para doar seus jeans. 

Segue abaixo um vídeo super bacana, em stop motion, que a Levi's fez para apresentar o programa. Palmas para eles! Se todos tivessem iniciativas assim, quem sabe a indústria têxtil não sairia desse ranking de indústrias mais poluentes de todas?! Ficadica né!

terça-feira, 19 de abril de 2011

BLU: intervenção + stop motion

O famoso artista de street art BLU, uniu o conceito de stop motion ao wall painting e fez esse video absolutamente incrível no ano de 2008. Infelizmente, só vim a conhecer essa obra de arte há pouco tempo atrás. Não consigo nem imaginar a trabalheira que deve ter dado e o tempo dedicado pra finalizar esse filme de apenas 7 minutos. Mas com certeza foi algo que valeu a pena.

Para mais trabalhos do BLU, em videos e fotos, o site tá linkado no nome dele ali em cima!

Enjoy!!!



terça-feira, 29 de março de 2011

Poesia urbana...

"A cidade se abriu para mim.
E me mostrou seus segredos, escondidos nas feridas abertas, nos amores perdidos, nas suas saudades e nas esperanças de tempos melhores.
Suas paredes de concreto então se tornaram frágeis, de papel. 
As palavras eram como a roupa do rei: a desnudavam mais a cada letra."


(Texto que o Rapha, amigo meu, escreveu depois de voltar de um rolê de 'fotografar paredes' - como ele mesmo diz - em Buenos Aires recentemente. Em breve pretendo fazer um post mais 'filosófico' sobre umas considerações bem bacanas que ele me jogou na cara depois dessa viagem! haha)

Os créditos da foto também são dele! Obrigada pelas imagens e insights, Rapha! =)

domingo, 27 de março de 2011

Cores, lavagens e texturas...

As texturas urbanas são abordadas através das cores de tecidos e lavagens dos jeans da coleção. O sujo, poluído, velho, descascado, desgastado, os elementos urbanos, o concreto, o asfalto, as paredes e muros que são porcamente pintados na tentativa de esconder pixações que serão refeitas camada após camada de tinta.

O não uniforme, o respingado, a mancha de tinta, o desbote urbano. Aqui eles saem do status rebaixado e ganham voz a partir das superfícies das peças de roupa.



quinta-feira, 24 de março de 2011

Apresentando...

Deixo aqui uma prévia do release da coleção que será resultado final deste projeto. Como release 100% só sai mesmo depois de estar tudo pronto, o que está aqui é passível de ser alterado! (Mas vamos torcer pra que tudo dê certo e nada precise ser alterado! haha)



Inter(vindo)
Por Thamiris Piló Machado

Arte de rua, graffitis, stencils, stickers, instalações. A mão humana interferindo no espaço público. A subversão do cenário urbano como galeria de arte. As cores fortes misturadas ao concreto, ao asfalto, ao desgaste e à poluição. Esses são os pontos de partida para o desenvolvimento desta coleção. Usando palavras chaves como intervenção, subversão e grafismos, o conceito surge e é traduzido em modelagens interativas e desconexas, estampas e texturas.

O tecido principal é o jeans, que acarreta toda uma história diretamente relacionada ao street. Este aparece em aspectos mais rasurados, com lavagens estonadas e desbotadas, fazendo alusão ao efeito de desgaste do tempo encontrado pelos muros da cidade. Costuras aparentes e bainhas irregulares também dão o ar do inacabado/desgastado urbano.

A estampa "Rabiscos" é inspirada nos grafismos dos graffitis espalhados pela cidade e imprime um ar descontraído às peças, mostrando presença no forro aparente de algumas delas.

A coleção também conta com modelagens assimétricas, abotoamentos desencontrados e peças que abrem ao consumidor a oportunidade de moldá-las da forma que seja mais interessante. É a intervenção do próprio usuário naquilo que o está vestindo.

A partir de todos esses elementos, torna-se impresso nos looks esse universo paralelo da intervenção urbana, pelo qual passamos todos os dias, muitas das vezes sem nos dar conta de toda a arte que nos cerca nesse caos urbano.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Referências...

Ontem tropecei em dois tumblrs (sacaram o trocadilho?! hahaha) super viciantes. Ambos conversam sobre a mesma coisa - intervenção urbana né? Claro... Nada de mais. Eles simplesmente postam inúmeras fotos, de intervenções diversas, de todos os tipos possíveis. Grafittis, stenceis, stickers e até mesmo frases escritas em muros por ai. A questão é que eu fiquei hoooooras passeando pelos sites e achei muita coisa bacana. Por isso achei relevante deixar registrado por aqui.

Um é o "Sidewalk Surprises": http://sidewalksurprises.tumblr.com/
O ruim dele é que não dá pra copiar as imagens. Mas aparece uma mensagem tão divertida quando vc clica com o botão direito - "That tickles!" - que nem dá pra ficar muito de mau humor... haha




O outro é o brasileiro "Olho da Rua": http://olhodarua.tumblr.com/
Bacana que eles colocam a procedência da imagem, na maioria das vezes. E com links!



Ficadica pra quem quiser passar horas fuçando as fotos e descobrindo coisas interessantes!
E aproveitando a deixa, também vou citar aqui um que eu descobri ha um tempinho já. O "Escritos en la calle" - http://www.escritosenlacalle.com/


]
A diferença desse site é que ele não mostra intervenções propriamente ditas, mas frases/palavras aleatórias que as pessoas escrevem pelas ruas. No melhor estilo pixação/desabafo. Acho muito interessante essa apropriação quase poética da cidade pela galera. Escrever num caderninho pra que se tá cheio de muro vazio por ai?!
O mais legal do "Escritos en la calle" é que eles dividem as fotos por categoria, de acordo com o que está escrito (exemplo: amor, bronca, filosofia, política, música...), e além de tudo as fotos tem mapa, portanto você consegue saber exatamente aonde está aquele escrito específico. Vale a pena dar uma fuçada por lá!

terça-feira, 15 de março de 2011

Intervenção? O que que pega?

Caracterizada por ser uma abordagem artística, relacionada à intervenção visual do ser humano no meio em que vive, a intervenção urbana é apresentada em diversas formas, de adesivos (ou stickers), stencêis e grafites até instalações artísticas. Tudo que interfira e mude, de alguma forma, o lugar comum da metrópole. Segundo Célia Maria Ramos (1994, p.43), “a intervenção pressupõe um ato consciente de alguém que atua sobre um determinado objeto ou espaço, conferindo-lhe um novo significado”. Na maioria das vezes, é esse o objetivo dessas interferências artísticas na cidade: captar o olhar distraído dos transeuntes e expor idéias a estes, a partir das modificações feitas no espaço urbano, sejam elas desenhos, escritos, encenações ou distorções daquilo que já existe.

Tudo começou com um movimento de contracultura em Paris, em maio de 1968, onde inscrições de caráter poético/político surgiram nos muros como forma de protesto. A partir daí, esses escritos disseminaram-se pelo mundo afora e foram adequando-se à proposta que melhor traduzia a mensagem do autor: frases, imagens, etc.



Grafites das ruas de Paris em 1968. "É proibido proibir" e 
"Como pode pensar livremente à sombra de uma capela?", respectivamente.

Grafites do lado ocidental do muro de Berlim, em 1986.

No universo contemporâneo, a grande polêmica que a arte urbana também traz à mesa, é a quebra do paradigma de que arte é somente aquilo que vemos em galerias e museus. Muitos dos grafiteiros, por exemplo, que começaram desenhando e pintando em muros, hoje são reconhecidos como artistas e expõem seus trabalhos ao redor do mundo. Ao mesmo tempo, essa transposição da arte de rua para o espaço privado (museus e galerias), gera grande discussão, pois, na teoria, a arte de rua é livre e “não encomendada”, e a partir do momento em que é feita por demanda, perde a sua essência.


Os grafiteiros paulistas Os Gemeos já rodaram o mundo, fizeram exposições de
 suas obras e chegaram inclusive a grafitar um castelo escocês do séc. XIII. 


Na moda, o tema já foi usado como fonte de inspiração para os mais diversos propósitos. No entanto, acaba por ser trabalhado em um sentido mais literal, como estampas inspiradas em trabalhos de grafiteiros, ou técnicas parecidas com as usadas pelos artistas de rua, como a técnica de stêncil (que consiste em vazar a tinta sobre um suporte com o desenho recortado).

Algumas marcas já utilizaram o grafite como tema de suas coleções, como a Maria Bonita Extra e Marcelo Sommer, no verão 2008, e os estilistas Beto Lima e Renata Ramos, no 12º Prêmio Rio Moda Hype. A proposta também se estende aos acessórios, como mostrou a Chilli Beans, em uma linha de óculos cujas armações eram pintadas a mão, com aerógrafos e stênceis.

Look da coleção de Marcelo Sommer inspirado no grafite e vestido da Maria Bonita Extra, com
 estampa inspirada em imagens do grafiteiro Bruno Bogossian.